A
presidente do Banco Alimentar contra a Fome, Isabel Jonet, defende que
os portugueses precisam de educar os seus hábitos de consumo para evitar
os desperdícios alimentares, comenta um estudo sobre essa realidade.
O
estudo nacional sobre desperdício alimentar - desde a produção até ao
consumo final - indica que Portugal perde anualmente um milhão de
toneladas de alimentos.
Apesar de este valor ser
inferior à média europeia, significa que cada habitante português
desperdiça 97 quilos de alimentos por ano.
Em
declarações à Lusa, Isabel Jonet alerta que existem desperdícios em
várias áreas da produção alimentar, como a agricultura ou pescas, mas
sublinha que "a maior parte dos desperdícios alimentares ocorre em casa
das pessoas e é preciso educar hábitos e maneiras de viver".
"Onde
tem de se actuar é na compra. Têm de comprar menos [em menores
quantidades] para não deixar estragar no frigorífico", defendeu.
Isabel
Jonet recordou que os bancos alimentares - em Portugal e noutros países
- foram criados para lutar contra o desperdício, aproveitando, por
exemplo, excedentes da produção nacional, dentro das normas de segurança
e validade.
Em 2011 os bancos alimentares
recuperaram 31 mil toneladas de produtos que teriam como destino a
destruição, dos quais seis mil toneladas são fruta.
O
estudo, que será apresentado na quinta-feira em Lisboa, propõe várias
medidas para os consumidores reduzirem as perdas de comida, como o
planeamento das compras e das refeições, mas também para os responsáveis
da área da distribuição e oferta, como a criação de embalagens mais
pequenas.
A presidente do Banco Alimentar contra a
Fome considera ainda que os resultados deste estudo indicam que se
"deve atribuir o real valor aos bens".
Fonte: Lusa
Quero agradecer à Carla Pinto por ter sugerido este texto.
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